Vivemos um período predominantemente digital. Interações sociais e até mesmo o uso de produtos e serviços migraram para o meio virtual, gerando praticidade e principalmente dados. Para isso, a computação em nuvem se propõe a manter e armazenar serviços, sistemas e recursos disponíveis na internet.
Em uma época em que os dados são constantemente criados e compartilhados, as empresas agora enfrentam dois problemas: como armazená-los e mantê-los seguros?
A combinação de computação em nuvem e biometria oferece várias opções para que as empresas economizem custos e tempo, reforçando a identificação em um ambiente digital.
Neste artigo você entenderá o que é e quais são as principais vantagens da computação em nuvem e da biometria.
O que é Cloud Computing?
Através da norma ISO/IEC 17788:2015, a ABNT define Cloud Computing como: "[...] um paradigma para permitir o acesso em rede a um grupo escalável e elástico de recursos físicos ou virtuais, com auto-provisionamento e administração sob demanda".
Para simplificar, os serviços em nuvem nada mais são do que aplicaçõesde hardware e software e recursos disponibilizados por empresas especializadas em hospedagem em larga escala. Eles podem ser compartilhados, mediante pagamento, com parceiros e clientes de forma rápida, automática e personalizável através da Internet.
Qualquer pessoa com acesso à Internet pode utilizar os recursos baseados em Cloud Computing. Por este motivo, recursos que estão presentes no dia-a-dia de milhares de pessoas são oferecidos neste formato de solução, como o armazenamento em nuvem para sistemas operacionais.
Mas como funciona?
É isso que vou lhe explicar agora mesmo.
Como usar a computação em nuvem
Para entender como usar a computação em nuvem na vida cotidiana, é necessário conhecer os tipos disponíveis, que podem ser usados tanto por usuários domésticos quanto por empresas.
Os recursos em nuvem são categorizados em modelos de serviço. É uma forma de medir o nível de controle que o usuário tem sobre os recursos que são disponibilizados pelo provedor.
Conheça os modelos mais utilizados.
Software as a Service (SaaS)
O modelo SaaS (Software as a Service) funciona quando um provedor de computação em nuvem oferece um aplicativo ou software totalmente gerenciado e acessível através da Internet.
No SaaS, os recursos informáticos responsáveis por hospedar o serviço estão inteiramente sob o controle do provedor. Assim, o cliente é responsável apenas pelo uso do aplicativo.
Se você usa um serviço de e-mail gratuito como o Gmail ou Outlook, você usa SaaS em seu dia-a-dia.
Plataforma como um serviço (PaaS)
PaaS (Platform as a Service) é adequado para casos em que o usuário necessita de recursos de nuvem personalizados, como por exemplo:
- Gerenciador de contêineres.
- Espaço para armazenamento.
- Execução de um banco de dados.
Estes recursos podem ser personalizados sem a dor de cabeça de gerenciar servidores e a infra-estrutura necessária para suportar uma aplicação.
Neste modelo, o provedor administra toda a infra-estrutura necessária para executar uma aplicação e o cliente é responsável pela configuração de recursos e gerenciamento de dados.
Em PaaS é muito comum encontrar aplicações e sistemas de hospedagem de banco de dados.
Infra-estrutura como serviço (IaaS)
O IaaS é o modelo onde o usuário tem mais controle sobre os recursos utilizados na nuvem. Ele é utilizado por empresas que querem mover recursos locais para a nuvem com pouco ou nenhum atrito entre os serviços.
Na IaaS, o provedor fornece recursos de infra-estrutura básica como servidores virtuais, equipamentos de armazenamento (como HD virtuais) e redes. O cliente fica responsável pela manutenção de todo o ambiente.
Quanto custa implementar a computação em nuvem
Da mesma forma que existem recursos gratuitos que podem ser utilizados por qualquer pessoa como mídias sociais e serviços de streaming compartilhados, há também os recursos pagos. Essa é uma das vantagens oferecidas pela nuvem: os modelos flexíveis de pagamento.
Em geral, existem recursos tarifados na nuvem à medida que são usados, ou seja, pagamos exatamente pelo que utilizamos, o chamado "pago conforme o uso".
Por exemplo, o armazenamento em nuvem é pago pela quantidade de espaço utilizado, ou uma máquina virtual é cobrada pelo tempo em que ela está ligada.
Neste modelo, o cliente paga pelo tempo que utiliza um serviço. É muito comum ver os recursos cobrados por segundo de uso nos catálogos de serviços disponíveis na nuvem.
Também é possível adquirir recursos na nuvem por meio de assinaturas em que um valor específico é definido e pode ser cobrado em uma ou várias prestações. Esse é um modelo interessante para quem não quer variações nos valores pagos ou procura descontos por utilização contínua de recursos na nuvem.
Outro modelo disponível é o "tarifa em duas partes" quando um valor inicial é definido com o uso esperado do serviço na nuvem. Caso o uso exceda o contemplado na assinatura inicial, valores adicionais podem ser cobrados conforme o consumo.
Este é um modelo muito flexível, combinando a economia e a estabilidade de preços de um modelo de assinatura com a agilidade e a capacidade de crescimento do salário à medida que se vai pagando.
Agora vamos entender como combinar a biometria e a nuvem com o modelo Biometrics as a Service (BaaS).
Biometria como serviço (BaaS)
O BaaS é conhecido por ser escalável, seguindo o modelo "pague à medida que você cresce". Uma solução escalonável é econômica e menos arriscada para as organizações.
A princípio, acrescentar a biometria às aplicações modernas pode parecer extremamente complexo e cheio de barreiras digitais. Entretanto, a biometria como serviço (BaaS) é econômica porque é mais rápida e mais barata em comparação com outros modelos.
Além disso, há muitas maneiras de identificar uma pessoa a partir de características como a forma do rosto, impressões digitais e traços da íris, que são formas comuns de identificação no mercado.
As tecnologias que utilizam identificações biométricas variam desde computação de alto desempenho até inteligência artificial e aprendizagem de máquinas.
No último ano, vimos a biometria ser utilizada de diversas maneiras em soluções tecnológicas. O Qatar, o país que sediou a Copa do Mundo, usou o reconhecimento facial em uma multidão para resolver crimes, por exemplo.
No Brasil, vimos o uso da biometria entrar na vida das pessoas de forma irreversível, seja em eleições eleitorais, desbloqueando smartphones, ou mesmo na entrada de academias. Poder implementar facilmente a biometria em uma aplicação usando BaaS pode ser a vantagem no mercado que irá impulsionar sua empresa.
Computação em nuvem e Biometria: competitividade para os negócios
A computação em nuvem revolucionou completamente o mercado de hospedagem de aplicações. O uso ajuda a trazer escalabilidade e inovação a aplicações e ambientes empresariais complexos., você tem acesso ao melhor do que a tecnologia da informação pode oferecer por preços acessíveis e de fácil compreensão.
Em vez de gastar tempo, pessoal e dinheiro para desenvolver uma nova tecnologia, você pode simplesmente usar os recursos de empresas especializadas no segmento de mercado específico que você está procurando.
Saber escolher as ferramentas e os provedores de nuvem qualificados para operacionalizar serviços, como a manutenção do data center ou a criação de aplicativos biométricos, é essencial para se manter competitivo no mercado atual. Caso você tenha lido até aqui, aproveite para entender as principais aplicações da computação em nuvem na educação.
Tradução: Thalita Ferreira