Embora 93% dos brasileiros considerem a biometria a tecnologia mais segura, é comum que algumas pessoas ainda tenham dúvidas sobre o assunto. A biometria é aplicada quase que exclusivamente para coibir fraudes de identidade, ou seja, para provar que você é você mesmo. E existe até um nome específico para isso: é o liveness detection ou, como a própria função sugere, prova de vida.
Em 2022, foram registradas mais de 3 milhões de tentativas de fraude de identidade, segundo a Serasa Experian. Esses dados são alarmantes e preocupam tanto os usuários, que temem o roubo de identidade, quanto as empresas, que querem proporcionar uma melhor experiência aos seus clientes.
Neste artigo, explicaremos por que o liveness e a biometria são as tecnologias usadas para aumentar a segurança em processos digitais que envolvem dados confidenciais, como nossa identidade, e como implementá-las em sua empresa.
Como o liveness funciona como prova de vida
Seja em contas bancárias, registro de informações em plataformas digitais, controle de frequência ou monitoramento de aulas ao vivo, como é o caso dos processos de certificação em autoescolas, são comuns as dúvidas e os receios sobre a segurança dos dados.
Assim, serviços que garantem a confirmação da identidade de uma pessoa, provando que ela é a pessoa real e não uma foto ou qualquer outro tipo de simulação que burle o sistema, são bem vistos e amplamente implementados nesse tipo de processo.
A vivacidade funciona para responder a perguntas e, principalmente, para garantir que o registro das imagens biométricas e dos documentos capturados sejam reais. E é por isso que a tecnologia é utilizada por um dos principais órgãos federais, o Instituto Nacional do Seguro Social.
No artigo Liveness: a tecnologia utilizada pelo Instituto Nacional do Seguro Social para evitar fraudes, vemos que a tecnologia é utilizada pelo serviço público em um procedimento conhecido como prova de vida. O procedimento deve ser feito anualmente para comprovar que um beneficiário de longo prazo do Instituto Nacional do Seguro Social ainda está vivo.
Para isso, ela usa um sistema de comparação de informações em diferentes bancos de dados para garantir a identidade. Esse é um dos recursos da tecnologia liveness.
Além disso, garantir que a verificação, o registro e o acesso a informações confidenciais não sejam violados são algumas das principais preocupações da tecnologia, pois os dados são um dos ativos mais preciosos que uma empresa pode ter hoje em dia.
O controle das informações não é o único ponto a ser protegido por aqueles que detêm os dados. A maneira como eles são acessados é extremamente importante, pois se não for criada uma barreira contra ataques, qualquer pessoa pode se passar por outra e acessar os dados.
Assim como o Instituto Nacional de Seguridade Social, vários setores podem aplicar a tecnologia e se beneficiar da vivacidade.
Entenda, agora, como aplicá-lo em sua empresa com o BioPass ID.
Validação de pessoas e documentos no Liveness 2D V2
O Liveness 2D V2 faz parte do pacote da API Multibiometrics da plataforma de biometria e IA na nuvem BioPass ID. Em sua segunda versão (V2), a tecnologia funciona da seguinte forma: uma imagem facial é capturada e analisada quanto à qualidade para aprimorar o processo de análise de vivacidade facial.
A imagem precisa ser capturada no momento do registro para garantir que a pessoa é quem diz ser ou que o documento capturado é genuíno. Esse registro ao vivo atua como uma segunda camada de validação da identidade em análise, fornecendo informações que comprovam a vivacidade.
O modo passivo do registro Liveness 2D não solicita que a pessoa faça um gesto para provar que está viva. Durante o registro da imagem, o processo ocorre de forma rápida e simples, sem indicar explicitamente que uma validação está sendo realizada.
Mas como uma simples captura pode garantir a vivacidade?
A tecnologia Liveness 2D vai muito além da captura de imagens.
Antes mesmo de determinar se a imagem é um ataque ou não, a captura passa por uma análise qualitativa para adicionar outra camada de segurança que visa determinar aspectos qualitativos, como:
- Foco: a imagem não deve estar borrada ou difusa.
- Brilho: a imagem deve ter o brilho adequado. Nem muito escura, nem muito clara.
- Visibilidade do rosto: o rosto do sujeito deve estar completamente visível.
Esses requisitos contribuem para uma melhor precisão da análise e garantem que as capturas ocorram em ambientes minimamente controlados, permitindo que o usuário realize os procedimentos de qualquer lugar, com segurança e rapidez, sem se preocupar com o resultado da operação.
Assim, os fatores de qualidade relevantes, como pontos no rosto ou no documento, são analisados e a qualidade da imagem é suficiente para comprovar a vivacidade e impedir ataques.
Como implementar o Liveness 2D V2?
O uso do Liveness 2D V2 é indicado para a autenticação de qualquer processo que precise validar a vivacidade do registro de uma pessoa ou documento, em processos de integração digital que envolvam:
- Escolas de direção.
- Validação de presença.
- Confirmação de presença nas aulas.
- Registro de identidades digitais.
- Processos bancários.
A implementação desse serviço é feita usando a API Multibiometrics - Liveness 2D V2 de forma muito intuitiva e rápida, de modo que cabe ao usuário decidir como o projeto será desenvolvido. Além disso, o pacote da API Multibiometrics é compatível com todos os tipos de idiomas.
Para entender tudo, desde o registro até as dicas de implementação, veja o passo a passo das 4 etapas para integrar uma API biométrica ao BioPass ID.
Tradução: Thalita Ferreira