A digitalização dos produtos e serviços de saúde tornou o atendimento ao cliente mais conveniente e os processos mais eficientes. No entanto, as vulnerabilidades do ambiente online ocasionou desafios de cibersegurança.
Em resposta a essas ameaças virtuais, as organizações de saúde têm buscado soluções tecnológicas para garantir a segurança e a confiabilidade de suas operações e dos dados dos pacientes.
Neste artigo, você aprenderá sobre os tipos mais comuns de fraude que afetam as instituições de saúde e como a biometria pode ajudar a combater esses golpes.
Fraudes na saúde
Por lidar com dados extremamente sensíveis, o atendimento em saúde, seja ele remoto ou não, exige a adoção de recursos essenciais de segurança que garantam a privacidade e a proteção de informações médicas contra fraudadores.
Dessa forma, tanto o ambiente remoto quanto o físico estão suscetíveis a golpes. Estima-se que em 2022, o mercado de saúde suplementar acumulou entre 30 e 34 bilhões de reais em prejuízos por fraudes e desperdícios.
Além das consequências civis e criminais, a fraude também afeta a prestação de serviços, que se torna mais cara e menos eficiente devido à supressão de valores pagos indevidamente.
Agora, vamos ver quais as principais fraudes do setor?
Tipos de fraudes na saúde
As fraudes são causadas por inúmeros motivos. Seja no sistema público ou no setor privado, os fraudadores aplicam golpes cada vez mais sofisticados que podem gerar danos significativos. Conheça as principais fraudes noticiadas nos últimos anos.
Fraude no setor de saúde suplementar
Em junho de 2023, de acordo com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), 50,8 milhões de pessoas tinham acesso a um plano de saúde, o maior número desde 2014.
Devido ao aumento de beneficiários, a saúde suplementar se tornou um dos alvos preferidos dos fraudadores.
De acordo com o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), nos últimos quatro anos houve um aumento de 884% nos casos de fraudes em serviços de saúde. Como resultado, a Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) lançou uma campanha chamada Saúde sem Fraude para compartilhar informações e alertar as pessoas sobre golpes.
Segundo a cartilha da campanha, as principais fraudes na saúde são:
- Compartilhamento de login e senha: alguns golpistas solicitam o login e a senha de um beneficiário, alegando que podem ajudar ou que precisam acessá-los para algum ajuste, quando a intenção real é obter a propriedade de informações pessoais de terceiros para atividades fraudulentas.
Os golpes incluem a troca de informações de beneficiários, a criação de contas digitais falsas e a solicitação de reembolso de exames e procedimentos que não foram realizados.
- Empréstimo do cartão de saúde: o cartão de saúde digital continua sendo um meio legítimo de identificação do paciente. Por ser um documento físico, é facilmente emprestado ou furtado por outra pessoa que pode usufruir erroneamente dos benefícios, além de utilizar os dados pessoais de um beneficiário para outras finalidades ilícitas.
Fraude na saúde pública
A saúde pública também sofre com fraudes que acabam impactando na gestão de recursos e na assistência médica gratuita à população. A carência de leis direcionadas à transparência dos serviços de saúde favorece práticas fraudulentas e a impunidade que afetam principalmente a comunidade local.
As fraudes mais comuns no setor de saúde pública são:
- Falsificação da quantidade ou qualidade dos materiais: a instituição de saúde declara um número maior ou inadequado de materiais utilizados, por exemplo, usando recursos de melhor qualidade do que os utilizados.
Isso pode acontecer com suprimentos hospitalares ou com a distribuição de medicamentos.
- Pacientes e funcionários fantasmas: ocorre quando o estabelecimento de saúde alega que há usuários ou funcionários fantasmas para obter fundos destinados ao atendimento de pacientes ou ao salário do prestador de serviços.
Como a biometria pode evitar fraudes no setor de saúde
A fraude geralmente envolve o roubo de informações pessoais dos pacientes. Para que a fraude ocorra, as informações pessoais devem ser fornecidas pelo destinatário.
Portanto, a segurança dos dados dos pacientes deve ser uma prioridade para as organizações. De acordo com uma pesquisa da Doctoralia, 44% das clínicas e hospitais pesquisados pretendem implementar a automação de tarefas até 2024, e 27% pretendem investir em interoperabilidade para permitir a integração e a comunicação entre diferentes sistemas.
Para isso, a tecnologia biométrica está se mostrando uma solução que vai além da segurança. Por ser uma tecnologia diretamente ligada a características físicas, a biometria permite que o acesso a serviços de saúde físicos e virtuais seja vinculado apenas ao titular, evitando fraudes de identidade.
Para implementar a solução, é necessário utilizar Interfaces de Programação de Aplicativos (APIs) que permitam o fluxo de informações entre sistemas de forma segura, rápida e econômica. Dessa forma, é possível otimizar os processos burocráticos de hospitais, clínicas e laboratórios, aumentar a proteção ao paciente, reduzir fraudes nos serviços de saúde e dar suporte a consultas on-line.
Outros benefícios do uso de APIs biométricas incluem:
- Controle inteligente da imunização e do histórico médico do paciente.
- Garantia de acesso a registros de exames, procedimentos e medicamentos apenas a pessoas autorizadas.
- Controle de acesso restrito às dependências médicas.
- Validação de identidade baseada em reconhecimento facial e impressões digitais.
- Prevenção de erros médicos.
- Facilidade e eficiência na gestão e armazenamento de informações.
- Confidencialidade e alto grau de segurança dos dados e histórico de pacientes.
Segurança de dados para um sistema de saúde sem fraudes
Neste artigo, você aprendeu mais sobre os tipos mais comuns de fraude na área da saúde e seus efeitos prejudiciais aos pacientes e às organizações de saúde. Você também aprendeu sobre os principais problemas enfrentados pelos setores público e privado.
As tecnologias biométricas são fortes aliadas na superação dos requisitos de segurança e na otimização do gerenciamento de recursos e serviços de saúde.
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